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15.12.2013
Uma das mentes mais brilhantes de nosso tempo teme nosso fim, e a tecnologia será a grande vilã - Entenda
Considerado um dos pensadores e pesquisadores mais influentes da atualidade, Nick Bostrom, diretor do Instituto para o Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, é uma das vozes de maior crédito quando o assunto são os grandes desafios da humanidade. Com apenas 40 anos, este filósofo e matemático sueco é mencionado como uma das 100 mentes brilhantes do nosso tempo.
Entre suas perspectivas para nosso futuro está o que ele chama de “post-humanismo”. Em linhas gerais, Bostrom explica que estamos diante do maior processo de transformação da humanidade, que, provavelmente, nos abrirá portas para o post-humanismo. Contudo, as mesmas tecnologias capazes de possibilitar este salto também representarão grandes riscos, "somos como bebês brincando com explosivos", ele compara.
A partir deste ponto de vista, de acordo com Bostrom, o risco que o ser humano representa para si mesmo é maior do que ameaças produzidas por catástrofes naturais, já que há milhares de anos estamos sobrevivendo a asteroides, terremotos, vulcões e outros, porém "não estamos preparados para enfrentar o produto da atividade humana no século XXI".
Os três principais vetores que conduziriam estas ameaças, de acordo com Bostrom, seriam, ao mesmo tempo, uma revolução e uma ameça, como a nanotecnologia, a biologia sintética e a superinteligência. Ele acredita que existem grandes probabilidades de que neste século ocorra o desenvolvimento de uma máquina com capacidade intelectual que supere os cérebros humanos. Além disso, para o pesquisador, a clonagem de pessoas será uma realidade inevitável, uma vez que esta técnica tenha sido aperfeiçoada em animais.
Para este século, Bostrom também acredita que teremos acesso ao controle do envelhecimento e ele calcula que as pessoas superarão os 100 anos de vida. Este caminho - em que se aplica a tecnologia para melhorar a capacidade humana - proporciona grandes riscos, como uma maior divisão entre os humanos, entre aqueles que possuem acesso ou não às novas técnicas. Bostrom admite isso e vai além "neste sentido, os governos deveriam exercer um papel fundamental para garantir a toda a sociedade o acesso igualitário a estes benefícios".
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