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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Descobertas Arqueológicas
Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia Túmulos da V Dinastia


RELEVOS NA TUMBA DE IYA-MAATDois túmulos cavados na rocha foram descobertos em dezembro de 2008, cerca de 400 metros ao sul da pirâmide de Djoser, em Saqqara. São tumbas da V dinastia (c. 2465 a 2323 a.C.) e as entradas de ambas estão decoradas com hieróglifos. Elas têm um estilo arquitetônico semelhante, inclusive um longo corredor vertical que conduz a uma capela com uma falsa porta decorada, uma mesa de oferendas e uma cova funerária vazia. Uma delas pertenceu a Iya-Maat, um dos encarregados da construção da pirâmide do faraó Wenis (c. 2356 a 2323 a.C.), o último governante daquela dinastia. Ele supervisionava a extração de pedra calcária da área de Tura, de granito de Assuão, além de outros materiais do deserto ocidental, e era detentor de vários títulos, inclusive o de inspetor dos sacerdotes da pirâmide do faraó e de supervisor das propriedades do rei. O túmulo mede 25 metros de comprimento por cêrca de um metro de largura. Embora esteja melhor preservado do que o outro túmulo encontrado na mesma ocasião, está inacabado, sugerindo que o dono morreu antes de sua conclusão. Algumas paredes da tumba estão enfeitadas com cenas mostrando o falecido se apresentando diante dos deuses e postado na frente da mesa de oferendas. Em uma lateral da tumba está gravada uma lista das oferendas. Acima, a decoração de uma parede.A segunda tumba, que tem o dobro do tamanho da primeira, pertenceu à cantora Thanah. Uma padieira à frente do túmulo está gravada com seus vários títulos, inclusive o de supervisora de todos os cantores. Numa das paredes existe um relevo que mostra a cantora em atividade e na entrada do recinto imagens esculpidas mostram-na cheirando flores de lótus. Os dois túmulos estavam vazios, pois devem ter sido pilhados na antiguidade
 

EDIFÍCIO CENTRAL EM EDFUEm junho de 2008 foi descoberto em Tell Edfu um grande edifício administrativo e sete silos para grãos. O local era uma capital de província no Alto Egito. Os silos redondos, parcialmente preservados, parecem ser os maiores depósitos de cereais conhecidos do antigo Egito. O edifício central, visto parcialmente na foto ao lado, tem pelo menos 16 colunas. Os silos estão perto de ruínas de um templo de cerca de 300 a.C., o Templo de Edfu, uma das grandes obras bem preservadas do Egito antigo. Parte dos grãos eram ali depositados pelos agricultores à guisa de pagamento de impostos. Sobre os silos existiam recipientes de armazenamento retangulares que continham cinzas para proteger os cereais contra as pragas. O sítio arqueológico está localizado a meio caminho entre as modernas cidades de Asuão e Luxor (a antiga Tebas) e parece ter sido ocupado desde os primórdios da civilização egípcia, há 5000 anos atrás, até o início do período islâmico no primeiro milênio depois de Cristo. Durante muito tempo no decorrer da história do Egito antigo o poder central esteve baseado em Tebas e a cidade de Edfu era um importante centro regional que mantinha estreitos laços com Tebas.

ESCAVAÇÕES EM EDFUAs escavações, que haviam sido iniciadas em 2005 e das quais vemos um aspecto geral na foto ao lado, expuseram inicialmente um grande pátio cercado por paredes de adobe. Sob este pátio é que foram descobertas os alicerces dos primeiros três dos sete silos, os quais foram datados da XVII dinastia (c. 1640 a 1550 a.C.). Eles estavam, provavelmente, destinados ao armazenamento de cevada e trigo, cereais que eram usados para alimentação e como meio de troca. Foram construídos de tijolos de lama, com diâmetros de cinco a sete metros. Se a altura deles fosse maior do que o diâmetro, como acontecia habitualmente, alcançavam cerca de oito metros de altura. Nenhum silo desta envergadura havia sido encontrado até então. De 2006 a 2008 as escavações prosseguiram revelando as bases das colunas e as salões daquilo que os arqueólogos pensam ser o centro administrativo da aldeia. A planta do edifício sugere que possa ter feito parte do palácio do governador e os artefatos indicam que ele foi o coração econômico de aldeia. Selos para marcações usados para idenfiticar diferentes artigos mostram que o prédio existia na XIII dinastia (c. 1783 a 1640 a.C.). Alguns lacres mostraram padrões ornamentais de espirais e símbolos hieroglíficos que pertencem a altos funcionários diferentes. Existem evidências de que as atividades no edifício estavam relacionadas ao recolhimento de impostos, aos registros contábeis, à guarda de documentos e à abertura e marcação de caixas e jarros cerâmicos no curso de transações comerciais.

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