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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Muralhas ao Norte do Sinai 
MURALHAS AO NORTE DO SINAI



Arqueológos egípcios descobriram, em meados de 2004, muralhas situadas na entrada oriental do antigo Egito, ao norte da península do Sinai. As descobertas incluiram três fortificações na área de Tharu, uma antiga cidade que ficava em um braço do Nilo que secou há muito tempo. As construções situavam-se na antiga via chamada Estrada de Hórus, uma artéria vital do ponto de vista comercial e militar entre o Egito e a Ásia. Elas estão aproximadamente 32 quilômetros a leste do Canal de Suez e formam parte das defesas que se estendiam ao longo daquela rota. Essa estrada foi fortificada ao longo dos séculos, a partir do Império Médio, iniciado por volta de 2040 a.C, até o Período Greco-romano, iniciado ao redor de 332 a.C. A presença de três fortes na mesma área, cada um construído sobre as ruínas do anterior, confirma a importância estratégica do local, particularmente da cidade de Tharu, como a entrada para o vale de Nilo a partir do leste. Uma das fortificações data da era dos hicsos, um povo que se acredita tenha invadido o Egito por volta do século XVII a.C. Provavelmente ele foi destruído nas batalhas travadas quando os invasores foram expulsos por Kamósis (c. 1555 a 1550 a.C.) e Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.). Seti I (c. 1306 a 1290 a.C.), um dos grandes faraós guerreiros do Egito, realizou campanhas ao longo da Estrada de Hórus. Suas façanhas estão registradas em relevos no complexo de templos de Carnaque. Outro achado foi um grupo de construções, que inclue a parede sul de uma cidade fortificada, datadas do período compreendido entre o XVI e o XIV séculos a.C. Finalmente, achou-se também um forte usado desde a época dos hicsos até a era persa, que começou em 525 a.C.
 
 
As pirâmides egípcias são, provavelmente, um subproduto da decisão de construir paredes ao redor das tumbas dos faraós. Pelo menos é o que pensa Guenter Dreyer, diretor do Instituto Arqueológico Alemão no Cairo. Ele afirma que baseou sua teoria nas semelhanças existentes entre a primeira pirâmide do Egito, construída em Saqqara para o faraó Djoser (c. 2630 a 2611 a.C.), e a estrutura da tumba de um de seus antecessores imediatos. A Pirâmide de Degraus começou a ser construída como uma estrutura de pedra em forma de caixa quadrada, com 63 metros de lado e oito de altura, em cima da câmara mortuária do faraó. Na tumba ligeiramente anterior do faraó Khasekhemwy, no antigo cemitério real de Abydos no sul do Egito, os escavadores alemães acharam evidências de uma estrutura semelhante que cobre a parte central do complexo funerário subterrâneo. Pela estrutura das paredes na parte central da tumba percebe-se que um enorme peso foi sustentado por elas. O complexo de Khasekhemwy também apresentava um muro de vedação dotado de nichos, o que depois se tornaria uma característica distintiva das dezenas de pirâmides construídas ao longo da margem ocidental do vale do Nilo nas centenas de anos que vieram a seguir. Mas os arqueólogos explicam que no caso de Abydos o muro estava muito mais afastado da tumba do que no caso de Saqqara. A teoria apresentada é a de que os dois elementos — a estrutura de pedra e o muro — foram unidos em Saqqara por Djoser e, então, algo aconteceu. A estrutura em cima da tumba ficou escondida pelo grande muro e deixou de ser visível. Isto criava um problema porque tal estrutura representava o monte primevo da criação e garantia a ressurreição do soberano. Os arquitetos do complexo de Saqqara resolveram o problema construindo outra estrutura plana menor em cima da primeira e depois decidiram estender a obra para cima acrescentando mais estruturas. A pirâmide de Sakkara é uma fase intermediária entre as mastabas e as pirâmides clássicas do tipo das de Gizé. Os arqueólogos especulam há muito tempo que as pirâmides são uma extensão do conceito de mastaba, mas a teoria de Dreyer acrescenta o muro de vedação como uma explicação para a transição.
 
 
 

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