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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

                     Origem civilização maias


Os antropólogos até hoje não conseguiram chegar a um consenso sobre a origem da civilização maia, cultura  desenvolvida ao longo de uma extensa região chamada Mesoamérica, que englobava vastos territórios no sudeste do atual México, e grande parte da América Central. Estima-se que, a existência das etnias maias, ocorreu entre os anos 2.000 A.C e 1546 D.C., apesar de ser impossível afirmar com precisão. Entre as diferentes teorias, existe um consenso na análise do desenvolvimento pré-hispânico, em três etapas principais.
 

Período pré-clássico e clássico

A etapa pré-clássica demonstrava a agricultura como principal meio de subsistência e desenvolvimento cultural, datando sua vigência entre os anos 1.000 A.C a 320 D. C, intervalo durante o qual os primeiros maias desenvolveram seu idioma e arquitetura. Especula-se que, os habitantes originários, migraram da zona do Golfo do México, formando tribos, como a olmeca, possivelmente relacionada com outros assentamentos migratórios oriundos da região de El Petén, na atual Guatemala. Com uma grande expansão, a população começou a organizar-se, ao redor de uma classe de nobres e sacerdotes, que encabeçavam a pirâmide social. Entre 320 D.C e 987 D.C. desenvolveu-se a era clássica, ou teocrática, com grandes progressos em termos de agricultura (técnica e comercial), que produziu as condições necessárias para erguer grandes edifícios em cidades destinadas ao culto religioso e ao comércio. A partir do ano 900 D.C, os centros teocráticos maias entraram em colapso e foram, paulatinamente, abandonados.

Período Pós-clássico

Com a queda de Teotihuacan e o posterior colapso dos centros mais, originou-se a etapa pós-clássica, situada entre os anos 1.000 e 1687 D.C, que termina com a conquista espanhola e suas consequências. Grandes movimentos migratórios de etnias mais, em maioria dos náhuatl, agruparam-se numa corrente chamada putún. Estes, fundaram grandes povoados, dominaram as rotas marítmas comerciais da Península de Yucatán, conquistaram cidades, como Chichén e formaram alianças, como a Confederación de Mayapán. Mais tarde, após a queda dos principais centros culturais, Yucatán foi dividida em 16 estados independentes.
 

Religião


A mitologia maia, em torno da qual organizou-se a sociedade e todas as suas atividades, era politeísta, onde um conjunto de deuses era adorado ao mesmo tempo. Suas crenças  eram baseadas na observação de fenômenos naturais, ou seja, davam um caráter místico aos elementos da natureza. A cosmogonia desta civilização, que contemplava opostos como complementários igualmente divinos, tinha uma concepção dupla da divindade.
 

A Criação do Mundo

Segundo a mitologia maia, o mundo foi criado em duas ocasiões e em seguida, foi destruído por sucessivos dilúvios e inundações. O mundo atual é o terceiro a ser construído pelos deuses: Tepeu e Kukulkán, os criadores. Da mesma forma, o homem foi criado três vezes: a primeira vez, a partir do barro, que eventualmente desmoronou, por falta de consistência; depois foi feito com madeira, porém não agradou aos deuses, pois era destituído de alma; finalmente, com a intervenção de vários outros deuses, da terceira vez foi criado do milho, trabalho que finalmente teve a aprovação divina. A religião maia acreditava num universo formado por 13 céus, com camadas, umas sobre as outras. Por sua vez, cada céu era governado por 13 divindades, chamadas Oxlahuntikú. A terra estava abaixo destas dimensões, e sob ela, existiam 9 céus subterrâneos dominados por 6 deuses, os Bolontikú. A última camada correspondia ao inferno dos maias, regida por Ah Puch, o senhor da morte.

O Panteão Maia

Existem três deuses principais, que participaram na criação do homem: Kukulkán, deus das tempestades, quem deu vida através da água e  instruiu o homem, mestre na arte do fogo; Huracán, deus do vento e coração do céu, do fogo e da tormenta; por último, Tepeu completa a trilogia, ele é o deus conquistador. No inferno encontravam-se os Señores de Xibalbá, divindades malígnas, entre as quais destacam-se como governantes os demônios Vucub-Camé e Hun-Camé.
 
 

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